Fundação
Cuidar o Futuro
A Fundação visa contribuir, à sua escala, para uma mudança de paradigma a todos os níveis sociais, nas políticas públicas e na consciência coletiva dos deveres, das responsabilidades e dos direitos de mulheres e homens e aposta na contribuição das mulheres para fazer face à complexidade institucional em que vivemos.
- A Fundação Cuidar o Futuro desempenha a sua missão como agente de mudança social, como agente de mobilização da sociedade civil e como promotora de diálogo valorizando nas suas ações o pluralismo e a ética da responsabilidade e do cuidado. A FCF é também agente de preservação cultural, enquanto veículo de salvaguarda e divulgação do legado intelectual de Maria de Lourdes Pintasilgo.
Para cumprir a sua visão e missão a Fundação dá forma, em regime de cofinanciamento com instituições privadas ou públicas, a programas e projetos diferenciados que promovam a participação e o empoderamento das pessoas no processo de melhorar a qualidade de vida tendo em vista promover sociedades autossustentáveis e nos quais a vertente investigação seja fomentada.
A intervenção da FCF, patente no presente portal, tomou as seguintes formas desde 2001:
Dinamização de um Centro de Documentação e de Publicações (2004-2010); Desenvolvimento de projetos de investigação e ação; Organização de debates, workshops e seminários; Organização de debates, workshops e seminários; Promoção de intercâmbios e de parcerias com outras instituições.
No contexto da sua ação, é de destacar o trabalho de tratamento e organização do acervo documental histórico da Eng.ª Maria de Lourdes Pintasilgo, no total de 54.600 unidades documentais catalogadas e a disponibilização de 12.017 online através do site www.arquivopintasilgo.pt.
Após doação de uma parte considerável do arquivo privado de Maria de Lourdes Pintasilgo à Universidade de Coimbra em dezembro de 2014, e na sequência da entrada em vigor dos Estatutos da Fundação Cuidar o Futuro revistos de acordo com a Lei-Quadro das Fundações de 2012, a FCF iniciou um processo de reflexão interna que abriu novos caminhos para a sua ação, nomeadamente: intensificar e alargar o âmbito da divulgação do pensamento e ação de MLP; apoiar iniciativas de pessoas, grupos e instituições nessa linha; relançar projetos de intervenção/ investigação tendo em vista contribuir para elaborar nova visão e ação coletiva que responda aos problemas atuais da população; revitalizar o património da FCF designado por Alto da Praia.
A Fundação Cuidar o Futuro nasce, por um lado da lógica dos meus empenhamentos públicos e, por outro, da dinâmica do movimento internacional do Graal a que pertenço. – Maria de Lourdes Pintasilgo.
Numa carta dirigida às participantes do movimento Graal, em julho de 2001, escreve: A Fundação Cuidar o Futuro tem como objetivo elaborar propostas de pensamento e ação para o futuro, enraizadas nos valores espirituais e nas opções estratégicas que as características do tempo em que vivemos indicam como vitais para a sobrevivência da sociedade e do planeta, e para a crescente humanização das pessoas em todas as vertentes das suas vidas.
A iniciativa de criar uma fundação correspondeu igualmente ao cumprimento de uma ideia desenvolvida desde a década de 1990 pelas iniciadoras do movimento internacional do Graal em Portugal, Maria de Lourdes Pintasilgo e Teresa Santa Clara Gomes.
- O nome da Fundação Cuidar o Futuro tem origem no título Caring for the Future, atribuído ao relatório publicado em livro em 1998, elaborado pela Comissão Independente para a População e Qualidade de Vida a que Maria de Lourdes Pintasilgo presidiu entre 1992 e 1997, sob a égide das Nações Unidas. Este relatório foi traduzido em dezenas de línguas e publicado em português em 1998 sob o título “Cuidar o Futuro”. O trabalho de investigação, o contacto direto com os “problemas da população” a nível mundial, a consequente elaboração de uma nova visão tendo em vista estimular ação urgente, influenciou profundamente a vida cívica de Maria de Lourdes Pintasilgo.
A Fundação Cuidar o Futuro é uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos. Foi fundada em 13 de julho de 2001 pela associação Graal, tendo os seus estatutos sido publicados no Diário da República, 2.ª série, n.º 248, de 25 de outubro de 2001. A FCF foi reconhecida por despacho do Ministro da Administração Interna, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 21 de janeiro de 2002 e reconhecida como Pessoa Coletiva de Utilidade Pública em janeiro de 2008. Em resposta ao determinado pela Lei-Quadro das Fundações, Lei nº. 24/2012, foi realizada uma revisão do Estatuto da FCF. A nova versão foi autorizada pela entidade competente em janeiro de 2015, divulgada pelo Diário de Notícias a 25 de agosto de 2015 e publicada online no Portal da Justiça em 09/09/2015.
A Fundação Cuidar o Futuro distancia-se na composição dos seus órgãos e nas suas atividades de qualquer denominação religiosa ou referência político-partidária.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E CONSELHO EXECUTIVO
Maria Paula Marques Faria de Barros – Presidente do Conselho de Administração e Membro do Conselho Executivo
Licenciatura em Relações Internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, Especialização em Relações Interculturais, pela Universidade Aberta de Lisboa. Atualmente no Escritório em Portugal da OEI – Organização de Estados Ibero-Americanos.
Margarida Amélia Nogueira Amorim Santos – Membro do Conselho Executivo
Licenciatura em Ciências Físico-Químicas pela Faculdade Ciências da Universidade de Lisboa e Mestrado em Ciências de Educação pela Universidade Nova de Lisboa. Professora aposentada.
Maria Antónia Diniz Caetano Coutinho – Membro do Conselho Executivo.
Licenciatura em Filosofia Românica pela Universidade de Lisboa, Mestrado em Literatura e Cultura Portuguesas pela Universidade Nova de Lisboa e Doutoramento em Linguística na área de especialização em Teoria do Texto, pela Universidade Nova de Lisboa. Atualmente Investigadora do Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa e Professora Associada do Departamento de Linguística.
Maria Regina Neves Xavier Amorim Tavares da Silva
Licenciatura pela Universidade de Lisboa e Pós-graduação na Universidade de Cambridge, na área de Línguas e Literatura, prosseguiu carreira na área da Igualdade de Género a nível nacional e internacional.
Sara Luísa Abreu dos Santos Acciaioli Gouveia
Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa. Experiência de trabalho em Portugal e na União Europeia.
CONSELHO FISCAL
Pedro Filipe da Ponte Espírito Santo – Presidente do Conselho Fiscal
Licenciatura em Direito pela Universidade Nova de Lisboa, Mestrado em Direito Internacional e Europeu, pela Universidade de Cambridge. Atualmente Chefe de Gabinete do Secretário de Estado do Primeiro-Ministro.
Margarida Isabel Rolim André Zoccoli – Vogal do Conselho Fiscal
Licenciatura em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. A frequentar o Programa Doutoral em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável no Instituto de Ciências Sociais da UL. É docente na Casa Pia de Lisboa (Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social).
Paulo Dinis Delgado Chaves – Vogal do Conselho Fiscal
Revisor Oficial de Contas na Tocha, Chaves e Associados – SROC
CONSELHO DE CURADORES/AS
Membros do Conselho de Curadores/as por nomeação da Fundadora, a associação Graal:
Maria Armanda Silva Pinto Teixeira – Membro dirigente do Conselho Coordenador Nacional da associação Graal, Militante e Dirigente de movimentos da Ação Católica, Voluntária em Projetos Sociais. Formação em Contabilidade e Gestão.
Ana Maria Parada da Costa – Nasceu e vive em Coimbra. Licenciatura em História. Mestrado em Estudos Europeus. Ativista, membro de várias Organizações Não Governamentais. Interesse pelos Direitos Humanos em particular das Mulheres e das Raparigas.
Mabel Solange de Figueirêdo Cavalcanti – Luso-brasileira. Professora em Pedagogia e História (Br). Mestra em Política Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Arte – Educadora. Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Poetas. Membro dirigente do Coletivo Paulo Freire Portugal.
Legado Intelectual de Maria de Lourdes Pintasilgo
O principal Património da Fundação Cuidar o Futuro é o Legado Intelectual de Maria de Lourdes Pintasilgo segundo ela própria escreve em carta às participantes do Graal:
associa-se à palavra “fundação” uma ideia de filantropia financeira. Mas, como lançar uma iniciativa “filantrópica” se o principal recurso de que dispomos são as ideias? É essa “filantropia das ideias” que tenho em mente ao pensar numa Fundação. (…) Até que a experiência que adquiri no “Synergos Institute” (de cujo Conselho Consultivo faço parte desde o seu início) e que atua como catalisador de fundações em países com poucos recursos me conduziu a procurar, como princípio de financiamento, a garantia de parcerias de interesse mútuo com outras instituições. – Maria de Lourdes Pintasilgo.
A Propriedade Alto da Praia
A associação Graal instituiu a Fundação Cuidar o Futuro atribuindo-lhe a Propriedade Alto da Praia enquanto meio patrimonial, património financeiro inicial da Fundação Cuidar o Futuro.
A propriedade designada por Alto da Praia tem sido utilizada para atividades coletivas da própria Fundação, workshops, conferências a nível nacional e internacional, grupos de trabalho, escritório e arquivo da FCF e, ainda, para alugueres a outras instituições com o objetivo de obter financiamento para sustentar a gestão da Fundação e garantir a auto-sustentabilidade financeira. Assim como, tem sido promovida a exploração de parte da vivenda enquanto alojamento turístico, atividade secundária, com o mesmo objetivo.
No terreno da propriedade está em curso o Programa Ambiental: Transitar para a Sustentabilidade e o Cuidado inserido no quadro dos objetivos da Fundação: Aprofundar e enriquecer o conceito e a prática de qualidade de vida nas suas dimensões social, ambiental, económica e cultural, em Estatutos da FCF, art.º 4º 2a).